É devido o prometido.
A história que vou contar não é uma das que aparecem no livro que aqui referi.
Trata-se de um episódio ocorrido comigo mesma, algures no Algarve há cerca de uma dúzia de anos e que, na minha perspectiva, se enquadra no tema dos Anjos.
Pois bem, acreditem que na altura em que sucedeu, nem de longe nem de perto, lhe dei a mínima importância. Obviamente que me recordava que o tinha vivido, mas "passou-me ao lado" e considerava-o esquecido.
Há pouco,enquanto lia alguns testemunhos do livro "Um Anjo deu-me a mão" , subitamente a minha memória rebobinou o filme no seu essencial e até tive alguma dificuldade em desligar-me dele e voltar a concentrar-me na leitura.
Era um fim de tarde e por alguma razão sentia-me contente. Sei-o porque começei a dar corridinhas e saltos, o que em mim é uma reacção espontânea se estou alegre.
Meti por um carreiro ladeado por arbustos . Havia um ligeiro declive no carreirinho aos ziguezagues e lembro-me de pular por ali a fora, à medida que ganhava alguma velocidade.
De repente, estanquei. Estranhei, porque levava balanço a mais para parar numa distância tão curta.
Só estranhei estar parada.
Como a vegetação da berma se tinha tornado mais baixa apercebi-me então onde estava: a cerca de meio metro dos meus pés havia um precipício escarpado com algumas dezenas de metros e lá muito em baixo, uma praia !
O receio da situação fez-me querer sair logo dali, mas recordo-me que antes de o fazer, olhei para a cara da pessoa que, ali por perto me acompanhava. A sua expressão era de terror e estupefaccão!
_ Tu ias cair daí abaixo! -disse-me
Não sei se respondi, mas mentalmente concordei e logo abandonei o local perigoso.
Não sei se na ocasião algum Anjo me deu a mão, mas do que me encontro convencida é que qualquer feixe de Luz se enganchou na presilha de trás dos calções e me poupou a vida!
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