Porque nos disseram: Ide e anunciai a Boa Nova, deixo aqui as minhas opiniões e reflexões. Escrevo-as e desço do palanque.
Em última análise, cada um deve pensar e decidir por si próprio.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Pequenas coisas


Quando a nossa voz interior nos incentiva a fazer alguma coisa insignificante, como sorrir ou dizer a alguém que fez um bom trabalho, devemos fazê-lo, por muito inconsequente que nos pareça!
As coisas aparentemente insignificantes podem acabar por revelar-se vitais num enquadramento geral.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Prendas de Natal


Nesta quadra, agrada-me a ideia de oferecer prendas com utilidade.
Portanto, aqui fica uma  lista de quatro presentes úteis que podemos dar a nós próprios neste Natal :

  • Não guarde rancor ou ressentimentos. Fazê-lo é o equivalente a guardar lixo podre em casa.
  • Combata a preguiça e a ociosidade. Interesse-se por actividades solidárias e procure divertimentos saudáveis.
  • Afaste pensamentos deprimentes, sentimentos negativos e imagens maléficas da sua mente.
  • Seja tolerante com os erros dos outros e evite a maledicência.
Uma noite de Natal em Paz!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Tentação

Para quem lê o blog "Dias às Cores", esta foto não será novidade, pois incluí-a num dos últimos posts.

Para quem não sabe, faço o ponto da situação: este ano apanhámos a nossa azeitona e entregá-mo-la num lagar que, à posteriori, paga aos  seus fornecedores em azeite.
O que se vê na foto é um talão comprovativo da quantidade da azeitona entregue em determinado dia.
 Os 1200 Kg correspondem ao peso do carro com a azeitona e os 1120 Kg à tara. Fazendo a subtracção, foram entregues 80 Kg e não os 180 Kg que constam no talão. Há portanto um erro de 100Kg a nosso favor, equivalente a mais 10 l de azeite.

Dei conta do lapso pouco depois de ter recebido o talão e sinceramente não acho que fizesse mossa ao lagareiro -que produz milhares de litros de azeite-  dar-nos mais ou menos 10 litros de azeite. Pensei em fechar-me em copas e ficar beneficiada. No entanto, no dia seguinte o dilema começou a apoderar-se da minha consciência e achei que se se invertessem os papéis, gostaria que se rectificasse o erro.

Fazer aos outros o que gostaríamos que nos fizessem.

No lagar, ao levantar o azeite, alertei para a conta mal feita e  logo fez baque na  minha cabeça a seguinte frase: "Quem é fiel nas pequenas coisas também o é nas grandes".

Não pensem que conto isto para pensarem que sou boazinha, pois se ontem tomei uma decisão acertada, também terei tomado duas ou três erradas... O certo é que se tivesse feito outra opção, não seria coerente escrever nem mais uma palavra neste blog!

domingo, 19 de dezembro de 2010

Decidir (Advento III)


O Evangelho deste 4º Domingo do Advento fala-nos de  uma decisão importante relacionada com o nascimento de Jesus.

José, noivo de Maria, ao saber da sua gravidez antes de viverem maritalmente, pensa em deixá-la discretamente. Porém, num sonho, um Anjo diz-lhe "José, descendente de Maria, não tenhas medo de casar com Maria, tua noiva, pois o que nela se gerou foi pelo poder do Espírito Santo."

Tal como José, não entendemos o porquê de certas situações da nossa vida, autênticos desafios que Deus nos põem à frente e que por medo recusamos.
Neste caso, José marcou a diferença porque confiou. Não deixou que o medo, a vergonha ou as opiniões dos outros determinassem a sua história futura.
Se, infelizmente, não temos a graça de ouvir os Anjos a aconselhar-nos, que ao decidir ouçamos a nossa consciência!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

As nossas irmãs Árvores

Há pessoas de natureza tão terra a terra, que parece que prescindem de sonhar. Isso por vezes, pode atrasar os seus avanços. Em contraste, há outro género de gente - para o qual tenho mais inclinação - que constroem tantos castelos no ar, que têm dificuldade em desligar-se das ideias e dar passos concretos.

Mais uma vez a sabedoria está no equilíbrio, pois segundo as palavras de Olivier Clement

" O mundo tem necessidade de homens que sejam como as árvores: enraizados em plena terra e tocando o céu."

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Uma questão de Justiça


Não duvido que a Justiça seja um dos alicerces da alma de cada homem. É um conceito intrínseco e comum a todos, porém independente do modo como, à posteriori na nossa vida prática, classificamos o que é justo ou injusto.

Trago aqui esta pequena introdução, no seguimento de uma entrevista a Nicolau Breyner, no último programa de Herman José. Já a encerrar, o entrevistado foi questionado sobre se admitia a existência de uma outra dimensão para além da terrena. A sua resposta consistiu basicamente no seguinte:
"Penso que sim, essencialmente por uma questão de Justiça...Porque há vidas tão sofridas, tão precárias e miseráveis, que não seria justo que as vidas dessas pessoas se resumissem a isso, enquanto outros são tão beneficiados..."

O argumento ecoou cá dentro e senti-me contente. A descriminação contradiz Deus Perfeito e Justo. Sim, também sou de opinião que o clamor pela Justiça e pela igualdade de oportunidades faz parte da lógica que cimenta a esperança num Para Além só disto aqui!

sábado, 11 de dezembro de 2010

Zona de conforto


Ontem ao folhear um livro, deparei-me com a seguinte passagem da Carta de S. Paulo aos Filipenses

" Sei viver na penúria, e sei viver na abundância. Estou acostumado a todas as vicissitudes: a ter fartura e a passar fome, a ter abundância e a padecer necessidade.Tudo posso naquele que me conforta."

Relacionei-a com uma expressão que ouço habitualmente há algum tempo, normalmente bastante valorizada: zona de conforto.
É óbvio que é bom termos o nosso refúgio, mas desagrada-me um pouco a ideia de fazer depender os nossos comportamentos e reacções, do facto de estarmos ou não na nossa zona de conforto.
Não nos sentiríamos mais libertos se conseguíssemos viver em equilíburio interior, ultrapassando os limites das circunstâncias exteriores e sem apego ao que hoje se tem, mas amanhã pode já ter desaparecido?

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O Bom Pastor


"Se um homem tem cem ovelhas, e uma delas se
perde, não deixa ele as noventa e nove, para procurar aquela que se perdeu ?

Evangelho S. Mateus

É normal sentirmo-nos por vezes perdidos e angustiados.
É normal nessas horas, vir ao de cima alguma revolta contra os céus e julgarmos que Deus se esqueceu  de nós... Uma conclusão precipitada, não?



domingo, 5 de dezembro de 2010

Preparar - (Advento II)


Qual será a classificação do teste de um aluno que não estudou, nem esteve atento nas aulas? Que resultado obterá numa prova, um atleta que sistematicamente faltou aos treinos? O sabor amargo do fracasso, por falta de preparação.

No Evangelho deste segundo Domingo do Advento, João Baptista "(...) grita no deserto: Preparem o caminho do Senhor e tornem direitas as suas estradas(...)".Ora endireitar as estradas, pode implicar fazer obras, remover obstáculos, empenho e esforço da nossa parte.
Trabalhemos  activamente nesse sentido, pois tal como o atleta que ganha uma medalha e o estudante que tira uma excelente nota, esquecem os sacrifícios anteriores, também nós exultaremos de alegria!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O irmão Sol

Nestes dias frios e curtos damos especial valor ao Sol, quando surge a descoberto no céu, dando ao dia uma luz mais leve e deixando-nos mais bem dispostos!

Já repararam como o Sol é um ser exemplar?
  • Sempre pontual
  • Um trabalhador incansável
  • As nuvens negras, muitas vezes ofuscam-no por completo, apesar disso nunca  desmoraliza, nem deixa de cumprir a sua missão.
  • Democraticamente perfeito: derrama os seus dons sobre todos os seres, não fazendo distinções.
  • Plenamente confiável: na manhã seguinte sabemos que vai lá estar.
Estas entre outras, seriam as razões que levaram muitas sociedades a prestar-lhe homenagem e mesmo a venerá-lo. Não eram gestos primitivos ou descabidos, pelo contrário.
Quem me dera ser como ele!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Para além do Tempo


Vivo na crença (pretensiosa?) que entendo a Eternidade.
Para mim há lógica na existência de outras realidades para além desta vida. Acho lógico que haja um Sempre depois do fim. Um Sempre que eternamente se conseguirá expandir e reinventar.
O que não consigo é, mentalmente, fazer o percurso inverso.
"No princípio era o Verbo e o Verbo era Deus". Pois sim, faz sentido ter havido um "antes" prévio à criação primordial do universo. Mas como surgiu o Verbo? Como se formou o Espiríto que é Deus?
 É esta a peça do puzzle em falta, que suspeito esteja para além do Tempo, da nossa capacidade de percepção e  seja irrelevante para a humanidade actual. Convenço-me desta forma.

...Até porque se o nosso caminho é em frente, se calhar não vale muito a pena olhar para trás!